E todo
dia a lagartinha passava o seu dia mastigando sem parar, os insetos que
passavam pelos galhos de lá mal podiam acreditar, viam o quanto a pequena
lagarta comia e sempre diziam:
A
lagarta coitadinha, nem ela entendia o porquê tanto comia, parecia que não
tinha folha capaz de satisfazê-la, por mais que ela comia, nada a enchia,
parecia que sempre estava vazia.

Aos
prantos tentou sair, gritou, pediu ajuda, mas nada adiantou. Já cansada,
percebeu que o único jeito era se acalmar e pensar em algo para conseguir se
livrar de onde estava. Ali quietinha ela começou a ouvir o mundo lá fora e
notou o quanto é bonito o som da vida, o canto dos pássaros, dos grilos, as
conversas das abelhas, o bater de asas das borboletas, ela estava tão quietinha
que podia ouvir até os passos das formigas, e ao contrario do que pode parecer,
não tinha tumulto algum, tudo era calmo, leve e
harmonioso.

Com o
coração repleto de gratidão, surgiu dentro da pequena lagarta uma força, uma
vontade de viver tudo que ela já vivia, mas que não percebia o quanto era
importante, e assim como a fome de um leão, sua força foi tanta mais tanta que
o casulo se rompeu e o escuro foi invadido com a luz do sol, pelo aromas das
folhas verdes, das flores, dos frutos e como uma flor que desabrocha na
primavera a lagarta se abriu com duas lindas asas, grandes e coloridas, que com
um pouco de treino e instinto logo aprendeu batê-las e saiu a voar pela vida e
a cada flor que via em forma de gratidão, a lagarta que agora era borboleta
espalhava o amor em forma de pólen para que a vida jamais tenha fim.
Amei ! Baixei as histórias e vou I e contar para meus alunos ! Obrigada !
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